quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

BEFORE YOU READ!



Sim este é um blog de Moda, e o SPFW está acontecendo. Em breve postarei novidades a respeito, aliás, todos os sites relacionados ao tema diariamente são abastecidos sobre os desfiles mais quentes e além das principais apostas para a próxima estação, então provavelmente vocês confiram uma leitura muito pessoal minha a respeito...

Por hora vou me deter a compartilhar algo que marcou este Verão. Transição de 2011 para 2012. A biografia de Natasha Kampusch. Austríaca, sequestrada aos 10 anos, relata sua luta pela sobrevivência no cativeiro durante, pasmem, oito anos em que foi submetida a vários tipos de tortura psicológica e física. Um livro para repensar o que significa a palavra "Dor" será que sabemos realmente do que ela é capaz? Ou até mesmo para refletir sobre quão poderoso é o instinto humano, e como podemos nos adequar e sobreviver mesmo às situações em que não esperaríamos nada além da morte. E é incrível como a palavra escrita também possui seu poder. A obra de narrativa simples e de fácil entendimento pontua os principais momentos e fases vividos pela vítima durante seu longo cárcere e as artimanhas que ela desenvolveu para conseguir viver naquela realidade tão antiquada: Um bunker instalado no subsolo de uma casa em uma zona pacata, e vigiado diariamente por um maníaco, um louco, um tirano sequestrador. Feito para as idades mais tenras e também as mais avançadas, 3096 noites como é intitulado,  também é uma forma de se conhecer, de imaginar-se naquelas situações e de modificar pequenas atitudes diárias as quais automaticamente estamos predispostos a realizar, como não valorizar o sol que brilha em meio as nuvens, o colorido da natureza, os perfumes, aromas e sabores, as características próprias das pessoas com quem convivemos, pois a despeito da correria do dia-a-dia e da infinidade de afazeres, contamos com a  imensa liberdade de ir e vir. O livro é uma forma de compartilhar um pouco dos "eus" que guardamos dentro de nós com as experiências alheias, misturar isso tudo, fantasiar, fugir por alguns instantes do local físico em que nos encontramos e viajar para um terreno onde só a imaginação é capaz de nos levar. Sentir a intensidade da palavra morta como uma flecha viva que penetra intensamente na carne em um terreno onde todos os sentimentos estão sob a guarda da auto crítica, pura e simplesmente, porque ao se comparar com o "outro" o ser humano é capaz de se conhecer, não é à toa que existe a palavra sociedade, société!

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