quinta-feira, 29 de março de 2012

Impressões Donna Fashion Iguatemi

Como era de se esperar, o 5º andar do shopping Iguatemi conseguiu aglutinar em um espaço exclusivo para a expressão da MODA gaúcha, conceitos, tendências e muita gente antenada. Confesso que os desfiles que via de regra deveriam ser o centro das atenções, tem sido de certa forma mais um ingrediente do bolo, que fica completo, com a inerente circulação de pessoas ligadas ao mundo fashion por alguma maneira. A manifestação das blogueiras em busca da melhor foto, as conversas entre jornalistas e convidados, os lounges das marcas, tudo reproduzindo os moldes de grandes centros em um cenário envolvente para a expressão da nossa segunda pele, a roupa. Me interessa o burburinho entre um desfile e outro, quando as pessoas realmente mostram a que vieram. O denominador? A globalização dos conceitos, a força motriz? o streetstyle. A moda da rua realmente está se propagando por todas as capitais do globo, inclusive na provinciana Porto Alegre. Muito me agrada ver circulando pelos corredores looks dignos de uma foto bem posada. composês interessantes estruturados a partir das mais variadas influências. Ao que tudo indica, não se trata tão somente do outono inverno, muito mais que isso, revela-se a nova dinâmica social que os grandes eventos de moda vem configurando por entre os profissionais e simpatizantes do meio. As facilidades tecnológicas, Wi-fi, 3G, smartphones contribuem para a difusão das informações, e fazem dos desfiles, um complemento à vontade de compartilhar afinidades. Todos que circularam no Donna Fashion Iguatemi comungam de alguma maneira, um conceito, um ideal, um desejo de consumo. Particularidades à parte, e a crítica também, pois graças à convenção dos "convites" não pude assistir á todos os desfiles como gostaria. Mas continuo pensando que o evento ruma a uma evolução a cada ano, não por parte das coleções das marcas que pisam na passarela, mas pela mobilidade e eficiência do público, difundindo diversas percepções pelos igualmente diversos canais de informação. Micro e Macro tendências reuniram-se em um mix interessante. A Loja Renner trouxe o universo POP à tona em seu show, cores nada abrasileiradas predominaram na coleção, me remeteram a uma certa aristocracia nobreza, muito amarelo mostarda, vermelho, preto, azul marinho e bege, enfim, uma pegada forte inspirada no velho mundo, trench coats, cardigans, chapéus mega estilosos desmistificando o acessório, vieram com toda força. O ápice da noite com certeza foi a presença do ator Marcelo Cerrado, o Crô da novela Fina Estampa, figura que vai deixar saudade... E, quem seria crô? Um super-gay antenado até às últimas, na elegância e glamour que só se pode obter a partir da escolha das peças certas e de é claro muita atitude e personalidade....  é justamente esta escolha que compartilho com vocês...looks garimpados entre um desfile e outro,  que constituíram uma "segunda" passarela do evento...

Com certeza   Milena  é a prova viva que bom gosto, atitude e elegância andam juntos. Foi sem dúvida o look que mais me chamou a atenção. A peça-chave é sem dúvida a blusa, prenúncio das tonalidades predominantes no outono-inverno.
Angie Capelari , sempre muito estilosa apostou na saia longa com efeito op art. 
Minimal, o estilista Cristiano Tavares traduz o estilo por si só. 
Simplesmente, Mauren Motta. Destaque para os acessórios: clutch, sapatilhas e colar snake.
Simpatissíma Alice Ferraz, essa seria a última foto dela, a escolha da saia que remete a uma padronagem étnica diz muito,  sobreposta a predominância do preto ela é definitivamente o ápice do look. COOL!
Nem geek, nem gypsy, , DIVERSA! Achei uma gracinha esse look.
FERINA  Essa composição representa uma certa particularidade, o dourado/metalizados. Comentados no último post, tendem a ser mega aposta, definitivamente HIT do outono-inverno.


<<<Continua ...Soon, mais looks >>>

segunda-feira, 12 de março de 2012

O primeiro dia de aula...


O primeiro dia de aula é sempre uma descoberta boa. Mesmo quando se sai da graduação em busca da pós. No meu caso, o primeiro dia de aula no mestrado não teve sabor de novidade pois eu já a havia assistido como aluna especial há um ano. Com algumas ressalvas o conteúdo apresentado foi quase o mesmo do ano anterior. Só que desta vez, eu estava lá como aluna matriculada e não como especial, e  isso fez uma baita diferença. À caminho da PUC me atrasei um pouco em função do T9 ter passado reto pela minha parada. Acho que da próxima vez vou ter que me jogar na frente do ônibus para eles me verem compartilhou uma moça que presenciou a cena em tom de protesto. Como era de se esperar, logo apareceu o carro que me levaria a chegar 10 minutos atrasada no meu primeiro dia de aula na Universidade aqui em POA. Eu gostei demais de retornar a atmosfera acadêmica, sentir o aroma dos cadernos se abrindo novamente, ouvir aquele burburinho habitual dos corredores e sentar na classe. Há como é legal ficar ouvindo alguém que já estudou um bocado partilhar de seus conhecimentos e experiências. Eu me motivo com a novidade que nasce e permanece em cada entrelinha, em um texto ou vídeo ou mesmo uma frase bem elaborada que me faça voar longe nos pensamentos. Quando me dei por conta já era fim de tarde, vi um resquício de sol se pondo na fresta de vidro entre o ar condicionado e a parede, e por falar em ar, eu fiquei com frio, caramba, se eu fosse de vidro juro que nessas épocas já teria trincado. Aos poucos o professor foi se despedindo e deixando os presentes livres para seguir seu rumo. O meu, já era certo, ônibus de novo. Atravessar a passarela em meio aquela muvuca só, encontrar um lugar adequado para esperar o carro que me levaria de volta e ficar observando aqueles "bixos" pagando mico pintados dos pés a cabeça, eu me negaria a fazer isso, brincadeira mais sem fundamento. Ao entrar no veículo, fui uma das primeiras, ouvi o que já era previsto, os "bixos" não podem sentar. Caramba, achei o máximo, sei que isso tem um tom perverso, mas eu sinceramente não vejo porque as pessoas gastarem um dia de seu início da vida acadêmica pedindo trocado na rua banhados a tinta guache e pasmem: com uma casca de banana no topo da cabeça. Se bem que isso suscita uma bela analogia, atualmente os bobos são os que se prestam para estudar, aí tem que pagar mico na avenida, pedir um troquinho para depois fazer uma festinha com os colegas regada a muita breja rsrsrs. Acho que o ínicio das aulas deveria ser incentivado com algo produtivo, essas atitudes são incoerentes, e não tenho conhecimento desse tipo de manifestação em outro país que não o Brasil, tudo bem que os Estados Unidos é famoso por seus calouros, mas as universidades americanas mesmo aquelas liberais pintadas nos filmes, são administradas pela mais alta cúpula conservadora, a sociedade americana. Eu viajei durante trinta minutos nas músicas que estavam na minha play list passando de Deadmau à Adele, Coheed and Cambria à Kate Nash, cantei navy taxi movimentando os lábios com uma certa vergonha, e enfim, desembarquei. Perto das 20h, já era noite, cortei caminho pelo shopping, dentro do elevador três senhoras perdidas desceram ao térreo certas de que estavam indo para o estacionamento e eu corri para chegar logo em casa e tirar os sapatos. Pude racionalizar a experiência, não que minha crônica tenha um que de letter of complain, mas eu fiquei imaginando, como seria tudo mais dinâmico se Porto Alegre tivesse um metrô, estilo underground. Quando precisei de transporte urbano veio à mente a maior referência no assunto, o sistema de transporte de Londres conhecido no mundo todo pela sua pontualidade e eficiência, fiquei relativizando o fato de vir a ser moradora de uma das cidades que vai sediar a copa, onde se constróem estádios, se fazem campanhas publicitárias exaltando os desportos, mas ao mesmo tempo, a parte destes investimentos em engenharia e comunicação, o transporte urbano continua deixando a desejar, e não são poucos que precisam dele para realizar suas atividades diárias. Ir à luta, contando os minutos sempre, ou para chegar à tempo a algum destino, ou para chegar logo em casa.